Especialista: nenhum país do mundo gasta tanto com armas nucleares quanto os EUA

© AP Photo / Juan Carlos Llorca Base militar americana com armas nucleares (foto de arquivo)
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O ministro da Defesa dos EUA, Ashton Carter, afirma que o país começou ficando atrás de outros países em desenvolvimento do potencial nuclear, no entanto, os especialistas acreditam: EUA investem em armas nucleares como mais ninguém.

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Carter aponta a falta de investimento no setor, porém, nos últimos 25 anos os EUA gastaram bilhões de dólares em modernização das forças nucleares, observa o diretor do programa de pesquisa em desarmamento da Associação de Controle de Armas (Arms Control Association), Kingston Reif.

A notícia de que a Rússia planeja a modernização do arsenal de mísseis balísticos intercontinentais foi percebida como uma demonstração de poder por parte de Moscou.

"A Rússia está no meio de um processo de modernização em grande escala de suas forças, mas não é correto chamar este processo de aumento do poderio militar, como acontece muitas vezes. A alteração da estrutura [das forças armadas] começou mais cedo do que esperávamos", acredita o especialista.

De acordo com ele, hoje em dia os EUA têm a maior quantidade de ogivas nucleares instaladas. Segundo o USSTRATCOM, seu número é até maior do que o arsenal necessário para proteger o território americano.

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A Associação aponta que, de acordo com os correntes planos de modernização de forças estratégicas, nos próximos 30 anos será gasto cerca de um trilhão de dólares com o desenvolvimento do arsenal de armas nucleares. Até meados dos anos 2020, o excesso de financiamento das forças nucleares provocará dificuldades em todos os outros setores, inclusive no exército e na marinha.

Por exemplo, o desenvolvimento de um novo míssil de médio alcance, portador de carga nuclear (LRSO), vai custar desde 20-30 bilhões de dólares, ressalta Reif. Estes mísseis são projetados para utilização nos aviões de bombardeio B-52, B-2 e B-21, no entanto, para essa aviação já existe uma bomba mais barata — a B-61, que pode realizar as mesmas funções.

Um homem e uma mulher norte-coreanos caminham sob um mural com uma mensagem que diz: “Viva a grande vitória da política ‘Exército em primeiro lugar’!” no centro da cidade de Wonsan, na quarta-feira, 22 de junho de 2016, em Wonsan, Coreia do Norte. - Sputnik Brasil
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"Nós consideramos a criação de novos mísseis de cruzeiro como irrelevante e redundante. Além disso, é difícil ou quase impossível de identificar o tipo de míssil lançado. Neste contexto existe a possibilidade de que o adversário, vendo o lançamento de um míssil de cruzeiro, avaliará incorretamente a situação e responderá com ataque nuclear", cita a edição Business Insider as palavras do analista.

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