"O processo de desenvolvimento está acontecendo muito rapidamente. Isso gera rumores sobre a distribuição de metanfetamina para as massas [para os construtores para que continuem trabalhando por 24 horas sem sentir dores]. Entretanto, efetivamente, constroem de forma rápida, mas ainda não está claro se o que constroem é de qualidade", disse o analista.
O especialista acrescentou que na cidade ainda há muitas casas velhas de concreto cinzento, mas que para dar um ar de animação a cidade, as casas tiveram seus tetos pintados com cores diferentes. Pyongyang é repleta de ciclovias. Asmolov destacou que há poucos carros nas ruas da capital norte-coreana.
"Prestei atenção a caraterísticas físicas [da população] – há indícios de subnutrição sistemática e ou consumo de comida com poucas vitaminas. O que é bastante importante é que a geração jovem (os que nasceram depois do fim dos tempos difíceis – desde os anos de 2000) aparenta sã", disse o especialista russo.
"Há muitas lâmpadas que usam baterias solares, que não são capazes de fornecer energia necessária para funcionamento de fábricas, mas garantem a manutenção do setor civil. Ao mesmo tempo, os norte-coreanos testam vários tipos de energia – disseram-me que [em um dos bairros novos de Pyongyang] há uma central elétrica geotermal. A meu ver, por causa dos problemas de infraestrutura no país, desenvolve-se um sistema de fontes de energia relativamente autônomas <…>", esclareceu.
Asmolov considera que no país possa surgir a sua própria usina nuclear.
"Aludiram de forma ativa que estão construindo uma usina nuclear. <…> Para mim, isso não é imaginação, pois, além de serem capazes de assegurar nível necessário de segurança, possuem o seu próprio urânio e podem obter o equipamento indispensável. Para mim, isso é o começo. Além disso, suponho que os norte-coreanos possam chegar a construir algo debaixo da terra [para que seja evitada a hipótese de vigilância sobre o objeto e ataques preventivos – red.]. Por exemplo, o metrô de Pyongyang fica a 100 metros de profundidade e pode ser utilizado como um grande abrigo", disse Asmolov.
"Produtos das lojas são fornecidos por vários produtores, há alguma competição. Produtos importados não dominam. O essencial é que os norte-coreanos afirmem que a situação melhorou graças aos esforços do marechal [Kim Jong-un – red.]."
Segundo Asmolov, nos termos ideológicos, a Coreia do Norte está indo em direção ao nacionalismo, presenciado na Coreia do Sul.