"Trump segue uma tradição política dos EUA, voltada para os problemas internos do país. Ele não é partidário de uma tradição imperialista, agressiva e neoconservadora. Ele deseja distanciar-se disso. Se compararmos a posição dele com a de Clinton, no que se refere à Síria, a maneira de Trump demonstra que ele buscará negociações e diálogo. A posição de Clinton tinha um aspecto muito agressivo", opinou Boratav.
"Esse tipo de política já provocou a confrontação dos EUA com a Rússia na Síria, em função do programa de derrubada de Assad e de uso de força. Essa política buscava mais derramamento de sangue na Síria, aumento de fornecimento de armas, que parariam nas mãos de grupos jihadistas e que destruiriam a Síria. Trump, por outro lado, foca no combate ao Daesh. Segundo ele, a derrubada de Assad não é algo prioritário. Ele dá muito valor ao acordo com a Rússia. Se Trump resistir aos lobistas, que desempenham um papel determinante na política externa americana, ele poderá acelerar um período de transição mais brando".
"Com Trump, o risco de que a Turquia será arrastada para aventuras duvidosas na região é muito menor", conclui o especialista.