Ódio é nova tolerância: ídolo feminista deseja a morte de idosos que votaram em Trump

© AFP 2023 / Emmanuel DUNANDZara Larsson durante o festival MTV Europe Music Awards em 6 de novembro de 2016
Zara Larsson durante o festival MTV Europe Music Awards em 6 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Considerando que a Suécia é a autointitulada campeã da tolerância na Europa, chega a ser notável que algumas das mais fortes decepções pela vitória de Donald Trump tenham sido expressadas por liberais e feministas da Suécia.

A cantora e compositora sueca, Zara Larsson, que recentemente levou para casa dois prêmios da MTV European Music Awards de 2016, evento que foi realizado em Roterdã. Em seu país, ela é conhecida por sua postura feminista. No entanto, quando se trata da política dos EUA, o tom de voz da cantora é completamente diferente. Em publicação do twitter, ela desejou a morte dos idosos que supostamente apoiaram Trump para "fazer América grande novamente" e asseguram a sua vitória.

O tweet de Larsson, eticamente duvidoso, foi compartilhado e "curtido" milhares de vezes, reunindo reações mistas. Muitos concordaram com as ideias esquerdistas feministas radicais, acusando os cidadãos de idade dos EUA, enquanto outros expressaram um forte repudio, incitando o ídolo dos adolescentes a apagar o seu post.

"Então você quer que a minha amável mãe morra?", pergunta usuário no Twitter à Larsson.

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Anteriormente, Larsson ganhou a atenção de muitos quando criticou Festival de Verão por sexismo, pois o festival contava com mais artistas do sexo masculino.

Previsivelmente, Zara Larsson, de língua afiada, não é a única personalidade sueca que é contra à vitória de Trump. A mídia da Suécia elogiou inúmeras vezes Hillary Clinton durante as semanas que antecederam as eleições presidenciais nos EUA.

O radialista sueco, Ametist Azordegan, de origem iraniana, disse que os brancos eram o problema, pois os idosos brancos "estavam dizendo as suas últimas palavras" na arena internacional.

"O que estamos ouvindo agora é o último rugido do homem branco. De alguma forma, o eco se propaga", escreveu Azordegan na sua página do Facebook, alegando que os idosos brancos foram a força motriz por trás da vitória de Brexit e Trump.

No entanto, Azordegan está confiante de que esses "contratempos", como a vitória de Trump, que na Suécia tem a reputação de um "chauvinista odioso", não impedirão o desenvolvimento da igualdade, em especial a de gênero, direitos das mulheres e questões LGBTQ.

A colunista grego-sueca, apresentadora de TV e ativista de direitos humanos, Alexandra Pascalidou, escreveu em seu Twitter sobre a perda da população para o populismo.

Peter Wolodarski, editor-chefe do maior jornal diário da Suécia Dagens Nyheter, lamentou a perda de seu candidato favorito em publicação do jornal e alertou que a democracia está em jogo, já que o resultado da eleição americana dos EUA, de certa maneira, foi um fracasso, pelo menos do seu ponto de vista.

"A escolha de Donald Trump é um desastre para todos que creem no mundo aberto e democrático, baseado em direitos humanos", escreveu Wolodarski, alertando que a era Trump será imprevisível e perigosa.

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Ao mesmo tempo, os políticos nórdicos mais realistas e a mídia amenizam na hora de falar sobre Trump, pois sabem que esta é a nova realidade.

No entanto, o professor norueguês, Kalle Moene, advertiu que as últimas tentativas de amenizar a retórica podem não ser suficientes, já que há uma possibilidade de Trump ser mais implacável do que se pensa.

"Apesar de tudo, os políticos devem se mostrar mais de forma grosseira. Trump mostrou-se ser um alvo fácil de exposição. Consequentemente, ele deve ter uma melhor memória para insultos do que outros políticos", disse Moene à emissora NRK norueguesa.

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