Franz Klintsevich, vice-chefe do Comitê de Segurança e Defesa do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), partilhou a respectiva opinião neste domingo (13) com a agência RIA Novosti.
Recentemente, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, se dirigiu a Trump em declarações ao jornal britânico The Guardian. Ele advertiu o bilionário, dizendo que não é o tempo apropriado para os EUA abdicarem da aliança militar.
"De fato, ainda nada aconteceu, mas os críticos da Rússia já ‘cercaram’ o futuro presidente dos EUA por todos os lados. O secretário-geral da OTAN se juntou ao coro deles. Podemos imaginar o que nos aguarda, caso Donald Trump comece a dar passos reais para melhorar a cooperação com a Rússia," disse o especialista.
É exatamente por isso que declarações como as que Stoltenberg fez devem ser vistas como uma tentativa de bloquear as mais insignificantes mudanças positivas nas relações russo-americanas, sublinhou.
Além disso, Klintsevich acha que existem razões para considerar que os conselheiros de Trump têm os seus próprios objetivos.
Segundo o parlamentar russo, não se trata de uma questão de segurança, porque a OTAN já várias vezes tem mostrado que segue o princípio “quanto pior para o mundo, melhor para ela”.