“Acredito que ao tomar esta decisão, devemos levar em consideração o fato de termos problema da Transnístria. É por isso que devemos abordar esta questão com muita cautela, não dar quaisquer passos bruscos para que não percamos a Transnístria. Já falei que de fato a Crimeia é um território russo, mas de jure nunca foi reconhecida pelos países do Ocidente”, manifestou Dodon em uma entrevista à Sputnik França.
O candidato carismático e convincente é considerado pró-russo por várias declarações feitas por ele durante a campanha eleitoral, o que, pelo visto, contribuiu para sua vitória, já que a comunidade moldava na Rússia é enorme: 500 mil pessoas, número significativo para um país que possui uma população de 3,5 milhões de pessoas. Evidentemente, a maioria deles votou a favor do candidato pró-Rússia.
Sua plataforma está bem clara: rever as condições do acordo da associação com a UE, que levou à estagnação da economia do país, voltar à cooperação estratégica com a Rússia, renegociar a abertura do mercado russo para os produtos moldavos, e, em consequência, poder aderir à União Econômica Eurasiática que já inclui Rússia, Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão e, em um futuro mais próximo incluirá Tajiquistão.
Ao contrário da sua rival, que planejava perseguir o rumo pró-europeu e pró-ocidental em geral, Dodon é a favor das relações ‘normais e não conflituosas’ com a Rússia.
Desta maneira, a fase pró-atlantista na historia da Moldávia parece estar encerrada. Pelo menos, pelos próximos 4 anos.