"É algum novo tipo de segregação? Uma divisão da mídia segundo o fator ideológico? Quero lembrar os meus colegas do Departamento de Estado que há jornalistas americanos trabalhando oficialmente na Rússia. Alguns deles, como vejo, estão aqui presentes e vêm aqui regularmente. O senhor quer que eles sintam tal atitude por uma vez?", declarou a representante oficial do Ministério, Maria Zakharova.
"Se houver mais uma vez essa atitude para com o canal de televisão RT em Washington, durante os briefings da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia haverá um lugar especial para os jornalistas americanos. É um escândalo inimaginável", acrescentou ela.
Antes, durante um briefing para a mídia, Kirby não conseguiu apresentar qualquer evidência dos ataques aéreos russos contra objetivos civis na Síria. Além disso, ele levantou a voz para a jornalista do RT que lhe pediu para concretizar as acusações de Washington.
"Você trabalha para RT? Por que não faz ao seu governo as mesmas perguntas? Pergunte-lhes sobre suas atividades militares. Peça-lhes uma lista de hospitais que vocês atacam", disse o representante do Departamento de Estado.
O RT afirmou que uma reação tão emocional de Kirby surpreendeu até mesmo os jornalistas ocidentais, que chamaram a posição do funcionário americano de incorreta. Em resposta, Kirby afirmou que não tenciona colocar o RT no mesmo nível dos outros jornalistas.
Depois, segundo o canal, o RT verificou as declarações do representante do Departamento de Estado. Foi esclarecido que nem a Organização Mundial da Saúde (OMS), nem as agências internacionais acusam a Rússia dos ataques aos hospitais.
O Ministério da Defesa russo, comentando as alegações sobre ataques contra hospitais, disse que a retórica de Washington sobre a Síria se baseia em "mentiras descaradas", incluindo a repetição dos "rumores" sobre os ataques aos hospitais.