Ondas de protestos continuam em Aleppo, desta vez contra os terroristas

© REUTERS / Ammar AbdullahFumaça saindo de bairro, localizado na zona oeste de Aleppo, na Síria, 3 de novembro de 2016
Fumaça saindo de bairro, localizado na zona oeste de Aleppo, na Síria, 3 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Os jihadistas, que mantêm o controle sobre os bairros orientais de Aleppo, continuam a reprimir quaisquer ações de protesto dos civis.

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Nos bairros orientais de Aleppo, que de fato estão cercados pelas forças governamentais, a tensão permanece já por alguns dias. Os cidadãos estão preocupados por a ajuda humanitária internacional estar concentrada nas mãos dos grupos radicais, que distribuem estes recursos pouco numerosos à sua maneira. Muitos estão indignados por os radicais não terem permitido usar a pausa humanitária para abandonar as zonas perigosas através dos corredores humanitários. Em vez disso, continuam usar os civis como escudos humanos, ao que os próprios cidadãos respondem com protestos esporádicos.

Segundo os dados do jornal Al-Manar, na quarta-feira (16) dezenas de pessoas saíram à rua para participar de uma manifestação pacífica exigindo uma distribuição "justa" dos produtos alimentícios que lhes foram confiscados de forma ilegal. Os manifestantes tentaram irromper em alguns armazéns alimentares que estão sob o controle dos militantes. Segundo as informações, alguns civis foram presos, muitos foram feridos.

Fumaça saindo de bairro, localizado na zona oeste de Aleppo, na Síria, 3 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Segundo a RIA Novosti, a onda de manifestações ocorreu em diversos bairros da cidade.

Aleppo tornou-se palco de batalhas ferozes entre o exército sírio e os jihadistas que ocupam os bairros orientais da cidade. Não é de estranhar que muitas organizações internacionais manifestem sua preocupação com a população civil, que está presa na cidade mergulhada em uma guerra.

A batalha pela cidade, uma das mais importantes da guerra civil síria, intensificou-se nos últimos dias, depois que os militantes dos bairros orientais declararam uma ofensiva e dispararam mísseis contra a parte ocidental da cidade, controlada pelo governo. A Rússia introduziu uma pausa humanitária em outubro para garantir a evacuação segura de civis e militantes desarmados da parte oriental da cidade através de oito corredores humanitários. Durante a pausa, o grupo terrorista Frente al-Nusra, recentemente renomeado como Frente Fatah al-Sham, impediu os civis de fugir da cidade. Tendo a evacuação fracassado e a pausa humanitária terminado, o governo sírio lançou uma ofensiva contra os militantes.

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