O documento foi aprovado por larga maioria de votos: 131 países se manifestaram a favor do projeto, três países (EUA, Ucrânia e Palau) votaram contra e 48 Estados se abstiveram. No ano passado o Canadá também votou contra, mas desta vez se absteve, tal como a maioria dos países europeus.
Mais de 50 países foram coautores do documento.
O projeto apresentado pela Rússia constata o número crescente de casos de racismo por todo o mundo, “inclusive a atividade cada vez mais ativa dos grupos ‘cabeça raspada’ que são responsáveis por muitos destes incidentes, bem como uma nova onda de violência devido a racismo e xenofobia, que afetam na maioria as pessoas pertencentes a minorias étnicas, religiosas e linguísticas”.
Sublinha-se no projeto a “preocupação com qualquer forma de glorificação do movimento nazista, neonazista e de ex-membros das Waffen-SS [as chamadas tropas de elite de Hitler lideradas por um dos ideólogos nazistas Heinrich Himmler], através da construção de monumentos e realização de manifestações públicas com o fim de glorificar o passado dos nazis, movimento nazista e neonazismo”. Fala-se também das tentativas incessantes de “vandalizar ou destruir os monumentos erguidos em homenagem àqueles que lutaram contra nazismo durante a Segunda Guerra Mundial”.
O projeto da resolução apela aos Estados para que “empreendam medidas adequadas, inclusive no domínio legislativo e educacional, com o fim de impedir a negação dos crimes contra a humanidade e de guerra, cometidos durante a Segunda Guerra Mundial”. O documento também apela a lutar contra qualquer forma de intolerância religiosa, instigação, “perseguição ou violência em relação a certas pessoas ou comunidades por sua origem étnica ou convicções religiosas”.