'Washington não deve tentar dar um soco no nariz dos russos'

© REUTERS / Maxim ShemetovTrânsito em Moscou
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Os EUA devem começar a distinguir suas ambições dos seus interesses vitais, em vez de explorar qualquer possibilidade para contrariar a Rússia, afirma uma publicação recente de The American Conservative.

As relações entre Moscou e Washington sofrem cada vez mais, dado que os EUA não são capazes de ver a diferença entre seus interesses vitais e os que não são tão importantes. Como resultado, os EUA sempre procuram competir com a Rússia em territórios que fazem parte da zona de seus interesses, mas que ao mesmo tempo são de menor importância para Washington.

"Já vimos isso na tentativa da expansão da OTAN aos territórios da antiga União Soviética e hoje vemos isso também na Síria", se diz no artigo.

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Washington deve reduzir suas ambições para minimizar suas discrepâncias com a Rússia, destaca o artigo da The American Conservative. Nos círculos políticos existe a opinião de que os EUA devem se opor à Rússia sempre que esta faça algo indesejável para Washington, mas isso raramente vem acompanhado de uma explicação em como isso aumentou a segurança dos Estados Unidos. O autor do artigo diz que esta abordagem traz consigo um grande risco e as vantagens não são tão óbvias.

De acordo com a publicação, a melhor maneira de reduzir a tensão entre os dois países é "evitar novos fatores irritantes". "O desejo de dar murro no olho de Moscou sem qualquer razão evidente não contribui para o nível de cooperação que Washington espera", frisa o autor.

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Ele aconselha a rejeitar os planos para implantação da defesa antiaérea na Europa, o alargamento da Aliança Atlântica e o prolongamento das sanções antirrussas.

"A imposição de novas sanções contra a Rússia não vai levar a nada mais do aquilo que já foi conseguido pelas sanções atuais, portanto, há que rejeitar esta política", disse jornalista.

"Cada vez que há a tentação de dar um soco no nariz dos russos [como disse John Kasich, governador do estado Ohaio], os EUA devem considerar bem qual será o resultado e até que ponto isso é necessário, antes de tudo", acrescenta o autor.

Os EUA, a Rússia e outros países só beneficiarão das relações construtivas entre Moscou e Washington. Mas, em primeiro lugar, os EUA devem compreender que a cooperação com outra superpotência não é uma cedência, resume o autor da publicação.

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