A Universidade Politécnica de Tomsk criou recentemente um dispositivo de tratamento de água, batizado de Impuls, cujo principal objetivo é garantir água potável nas regiões rurais, que são as primeiras a sofrer de eventual falta de água. Em entrevista exclusiva para a Sputnik Brasil, a assessoria de imprensa da universidade esclareceu os detalhes do dispositivo.
"Nós apreendemos a 'acender' a carga elétrica dentro da água. A água é condutor de eletricidade, isso diz tudo. Em certas condições, a água pode se comportar como um dielétrico. E nós usamos isso. No segundo estágio de tratamento da água, uma carga impulsiva de barreira é iniciada, o que permite colocar o sistema de elétrodos do bloco de carga elétrica imediatamente no fluxo de água e ar, usando para o tratamento da água não somente o ozono O3 de longa vida e a radiação ultravioleta, senão também um grande número de oxidantes naturais de curta vida, como o oxigênio atômico O, o radical OH etc. Este método permitiu realizar um processo tecnológico mais inovador, que é a influência dupla da radiação UV e dos oxidantes naturais mais fortes".
Cada água tem seu jeito
O site da Politécnica de Tomsk informa que o Impuls só se produz por encomenda. Cada pedido pode ter suas próprias especificações. E estas especificações têm a ver com as particularidades da água.
"A tecnologia é muito flexível, até que a cada vez nós temos que aplicar certas alterações na tecnologia e nas propriedades construtivas, dependendo da potência do dispositivo concreto, da qualidade da água inicial e das características finais desejáveis. O cliente pode pedir alteração da tecnologia (alcalinidade da água, remoção seletiva de certas substâncias, uso de reagentes especiais) e da estrutura física do dispositivo (reservatórios, bombas, instalação de elementos automáticos de produtores especialmente indicados)", diz a assessoria da universidade.
Esta tecnologia é chamada de tecnologia de carga elétrica ou tecnologia de oxidação. Ela "se adapta para todos os aditivos em uma extensa gama de concentrações".
"A tecnologia permite que qualquer solução tecnológica adicional seja 'acoplada' à tecnologia existente, o que permite purificar qualquer tipo de água até os parâmetros necessários", explica a assessoria de imprensa da Universidade.
Segundo os dados disponibilizados pelos criadores do dispositivo, a maioria dos clientes está na Rússia; mas a universidade espera pela participação de uma bolsa dos BRICS e pelo ingresso nos mercados asiáticos.