Segundo relata a Reuters, McCully disse que teve uma conversa abrangente com o presidente filipino, mas se recusou a comentar se a controvertida campanha de Duterte contra as drogas foi tema dos assuntos discutidos.
Os dois se encontraram durante a escala de Duterte em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia, em seu caminho de volta da Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico no Peru.
"Ele é um cara duro, mas foi caloroso, cortês e, na verdade, muito charmoso", disse McCully ao New Zealand Herald após a reunião. "Ele tem opiniões um tanto firmes e as expressa, e de modo bastante pictórico", acrescentou o chanceler.
Polícias e grupos de vigilantes mataram mais de 2.400 pessoas nas Filipinas desde que Duterte prometeu reprimir os traficantes de drogas quando tomou posse em junho, atraindo críticas de órgãos reguladores dos direitos humanos, bem como dos Estados Unidos e das Nações Unidas.
No sábado (19), o líder filipino criticou o "bullying" e a "hipocrisia" ocidentais durante seu primeiro encontro com o presidente russo Vladimir Putin, no Peru, e disse que, quando se tratava de alianças, não se podia confiar nos EUA.
Adham Crichton, porta-voz da McCully, disse nesta terça-feira – quarta-feira na Nova Zelândia – que não haveria mais comentários sobre o encontro em Auckland porque não era uma reunião bilateral formal.
A China está em desacordo com vários de seus vizinhos asiáticos, incluindo as Filipinas, no que diz respeito às reivindicações de soberania sobre as disputadas águas do Mar do Sul da China, através das quais passam anualmente US$ 5 trilhões em comércio marítimo.