Os membros do grupo cientifico, Jack Farmer e Steven Ruff, da Escola de UEA da Terra e da Exploração do Espaço, escreveu no jornal Nature Communications:
"Embora processos completamente abióticos não sejam descartados na estrutura siliciosa de Marte, eles satisfazem a definição a priori das potenciais bioassiaturas."
Os Gêiseres de Tatio são perfeitos para servir de base de comparação devido a seus níveis elevados de radiação ultravioleta, nível baixo de precipitações, grande altitude, alto nível médio de evaporação anual e processo de congelação-degelo diurno.
De acordo com Ruff e Farmer, "tais condições são um melhor análogo ambiental de Marte do que as do Parque Nacional de Yellowstone (nos EUA) e outros lugares conhecidos geotermais na Terra".
"Nossos resultados demostram que o ambiente similar ao marciano dos Gêiseres de Tatio produz jazidas únicas, inclusive estruturas siliciosas biologicamente mediadas, com características comparáveis com os afloramentos siliciosos de Home Plate. Estas semelhanças aumentam a probabilidade de as estruturas siliciosas marcianas serem formadas de maneira parecida", acrescentou a equipe, citada pelo Space.com.
Pela primeira vez, uma sonda do tamanho de um carrinho de golfe aterrou em Marte em 2004 e durante a sua missão encontrou regolito e amostras de sílica opalina na cratera Gusev.
Em maio de 2009, a sonda Spirit ficou presa no solo marciano, onde ela permaneceu já que, depois, a NASA a considerou como plataforma estacionária de pesquisa.
Acreditava-se que a sonda especialmente equipada poderia fornecer provas definitivas sobre a existência de vida no planeta, porém, os autores destacaram que "devido aos desafios ao obtermos evidências claras no terreno, precisaremos de uma análise composicional de amostras entregues aos laboratórios na Terra para chegar a uma conclusão sólida quanto à presença ou ausência da vida no passado nestas rochas de Marte".