Geddel Vieira Lima foi acusado por Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, de pressioná-lo para liberar a construção de um condomínio de luxo em uma zona nobre de Salvador, na Bahia, empreendimento que havia sido embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Embora o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, que havia adquirido um apartamento no condomínio embargado, tenha negado as acusações, Calero disse ter gravado conversas sobre o assunto, que revelam não apenas a pressão feita diretamente por Geddel, mas também pelo chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e pelo próprio presidente Temer.
Em sua carta de demissão, Geddel se desculpou pela crise gerada por conta da "dimensão das interpretações" dadas ao caso e apontou o sofrimento dos seus familiares como o principal motivo para a decisão. Ele ainda agradeceu pelo apoio que recebeu dos colegas e disse seguir torcendo pelo sucesso do governo Temer.