Para o representante da Bancada Progressista do Parlasul, o Parlamento Europeu "deveria estar mais preocupado pelo forte processo de concentração da propriedade e da linha editorial de "alguns grupos econômicos que manipulam meios de comunicação muito importantes".
Segundo ele, este processo de concentração vai "monopolizando não só os meios de comunicação, mas também as suas linhas editoriais".
"Isto deveria ser um tema de preocupação para um parlamento que tem que defender a democracia. Quando existe pouca diversidade de opinião nos meios de comunicação, compromete-se um dos princípios fundamentais da democracia: a liberdade de expressão", disse o membro da Câmara dos Representantes do Uruguai do bloco de esquerda Frente Ampla.
O vice-presidente do Parlasul também lembrou que o Parlamento Europeu "teve um posicionamento político claro em algumas questões não compatíveis, com um comportamento intervencionista nas relações com países como Venezuela ou regiões como o Mercosul.
A declaração europeia também comparou o conteúdo das mídias russas de propriedade estatal com a organização terrorista Daesh (Estado Islâmico, proibido na Rússia). Para Caggiani, "para além das diferenças de opiniões, comparar as mídias de um Estado soberano, com um governo legítimo eleito nas urnas com o grupo jihadista é um ato descabido da direita europeia".