No âmbito do programa acadêmico de um ano, chamado IDCBeyond, os 36 melhores graduados de Israel, China, Rússia, Canadá e EUA vão executar diferentes projetos inovadores nas esferas de biomedicina, tecnologia, globalização e uso racional de recursos em uma série de áreas, entre elas, espacial, de engenharia, informática, comunicações, design gráfico e outras.
A participação chinesa no programa era de se esperar: especialistas da China são conhecidos mundialmente pela sua eficácia no ramo de pesquisas, consequentemente, pelo número de funcionários chineses que trabalham nos maiores centros tecnológicos do Leste Europeu, EUA, Canadá e Austrália.
Um dos pesquisadores do centro de economia mundial da Universidade chinesa de relações internacionais modernas, Cheng Fengying, acredita que Israel seja um bom trampolim para o forte avanço chinês.
"China importou de Israel muitos equipamentos tecnológicos avançados. <…> As nações chinesa e israelense possuem pontos em comum quando se trata de realizar negócios," disse à Sputnik China.
Em entrevista à Sputnik, o famoso cientista político israelita, chefe do Instituto da parceria oriental, Avraham Shmulevich, ressaltou que Israel não põe em prática uma campanha contra a China, praticada por outros países e regiões, como por exemplo, Leste Europeu, EUA e Austrália. Segundo ele, a medida foi aplicada por esses países e regiões para impossibilitar a expansão global chinesa no mercado.
"Israel não tem medo dos investimentos chineses. Eu acredito que Israel saúda as relações comerciais com a China e a China, de forma ativa, segue os rumos de interesse de Israel", destacou.
De acordo com Shmulevich, nem todos estão felizes com a cooperação e parceria sino-israelense.
"Há vários exemplos na área militar quando Israel fechou bons acordos de bilhões com a China e devido à pressão norte-americana, os acordos foram anulados. E, depois, a 'América' vendeu para a China sua produção análoga de fabricação", sublinhou.
Mesmo assim, o avanço da cooperação sem descriminação é adotado por Israel desde sempre, disse à Sputnik o deputado do parlamento de Israel Knesset, Robert Ilatov:
"Israel apoia investimentos de todo o mundo, inclusive da China. Temos uma economia completamente aberta. O regulador sabe como dirigir o fluxo de investimentos estrangeiros. O investimento chinês não nos amedronta, sendo assim, a compra de ações e ativos [chineses] é apoiado por Israel."