Será que Rússia, China e EUA podem se tornar os novos Três Grandes?

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A vitória de Donald Trump, com sua promessa eleitoral de lançar uma guerra comercial contra China e achar uma linguagem comum com a Rússia, criou um triângulo de países que estão no topo da agenda geopolítica mundial.

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Assim, apelos ao reconhecimento da Rússia como força global e incluir esta no esforço para definir a nova ordem mundial se intensificaram nos EUA.

O especialista em geopolítica, cientista político e estadista norte-americano Zbigniew Kazimierz Brzezinski acredita que o desejo de aproximação à Rússia, muito propagado durante a campanha eleitoral de Trump, pode ser desejável.

"A Rússia já não é um Estado comunista, primeiramente, e compreender isso é muito importante. Da mesma forma, ela ainda não se identificou efetivamente com a democracia, ela ainda é incerta e tem muitos ressentimentos, inclusive contra os Estados Unidos. É um país em transição", explicou.

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Ele partilhou da sua opinião em conversa com sua filha, Mika Brzezinski, durante o show Morning Joe no canal de TV MSNBC.

Nesta situação, o cientista político crê que é importante ajudar a Rússia a realizar essa transição eficazmente:

"[Os EUA podem] ajudar a Rússia de fazer uma transição eficaz e depois a se tornar um membro construtivo e significativo da comunidade global, um dos três maiores: os EUA, China e Rússia", disse.

Brzezinski vê como objetivo do Estado norte-americano a criação de uma coalizão mais ampla para lidar com problemas globais.

Comentando esta posição do especialista Brzezinski, o jornal online russo Vzglyad sugeriu o que pode estar sob o desejo de criar os novos Três Grandes, como aqueles que foram criados em Yalta em 1945:

"Brzezinski de fato sugere a criação de novos Três Grandes, todavia com a restrição de que a Rússia deve fazer sua transição para a democracia", escreveu.

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O site destaca também que o desejo de "ajudar à transição" visa de fato afastar Moscou de Pequim e aproximar de Washington.

Por outras palavras, prevenir uma possível aliança sino-russa, que já se tornou realidade na opinião de muitos. A aliança, nota o site, começou se fortalecendo em 2012-2013, mas os EUA se "distraíram" e depois agiram de forma a contribuir para o fortalecimento da aliança.

Mas agora, escreveu Vzglyad, mesmo que as relações com o lado norte-americano melhorem, elas jamais poderão atingir o nível do entendimento sino-russo.

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