Se trata da cidade russa de Kaliningrado, que após o colapso da União Soviética se tornou um enclave fora do território principal da Rússia, escreve Robert Farley, analista do The National Interest.
"Quando os Países Bálticos aderiram à OTAN, Kaliningrado se tornou um território inimigo em pleno centro da aliança ocidental. Isto torna a cidade de certa forma mais vulnerável mas, por outro, ela se tornou mais perigosa em caso de guerra", opina Farley.
"Como foi destacado de modo detalhado em vários artigos do The National Interest, o S-400 é um dos sistemas mais mortíferos de defesa aérea no mundo", escreve autor.
Robert Farley chama a atenção a algumas particularidades dos sistemas russos que causarão certos "incómodos" para a OTAN e não lhe permitirão prestar apoio aéreo nos Países Bálticos.
No que toca aos Iskander, como assinala Farley, é muito difícil encontrar alguma informação exata "do que eles são capazes", mas é conhecido que "podem lançar ogivas à distância de até 400 km".
"Se Moscou quiser pressionar os países hesitantes da OTAN, ela pode fazer uma demonstração de força, deslocando algumas armas mais temíveis para o exclave", explica ele.
Anteriormente nesta semana o representante do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, apelou à Rússia a não deslocar sistemas de S-400 e Iskander para a área de Kaliningrado, declarando que isto prejudicará a segurança europeia. Contudo, ele reconheceu que Moscou tem todo o direito de instalar complexos no seu território.
As autoridades russas destacaram várias vezes que a instalação dos mísseis S-400 e Iskander é uma resposta ao desdobramento dos sistemas de defesa antimíssil americanos na Europa.