Ao lado do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ele também anunciou um "ajustamento institucional" para tentar barrar a tramitação do projeto.
"Estamos aqui para revelar que no tocante à anistia, há uma unanimidade daqueles dos poderes Legislativo e Executivo. Não há a menor condição de se patrocinar, de se levar adiante essa proposta", declarou.
Temer disse ainda que seria "impossível um presidente da República sancionar uma matéria desta natureza" e que é preciso "ouvir a voz das ruas".
Projeto
A proposta de anistia surgiu durante a votação do pacote de dez medidas contra a corrupção, de autoria do Ministério Público Federal e respaldado por 2 milhões de assinaturas. Segundo Rodrigo Maia, o aparecimento do projeto de anistia é resultado de um "erro de comunicação".
"Nossa intenção nunca foi anistiar crimes, já que o projeto [de medidas anticorrupção] enviado pela sociedade tipifica os crimes", disse Maia.
"Essa matéria não deve tramitar. Devemos fazer o ajuste fiscal e vamos votar as matérias necessárias para retomar o crescimento da economia. Todas as nossas forças estarão voltadas para votarmos essas pautas, inclusive a lei orçamentária. Até o fim do ano, vamos aprovar a lei orçamentária de 2017", afirmou o presidente do Senado.