"Atualmente, não há dúvidas de que o escudo de gelo do oeste da Antártida descongelará, mas, todavia, não está claro quando isso vai acontecer. O aparecimento de tais rachaduras e fraturas, obriga geleira a recuar a uma velocidade recorde, aumentando, assim, as chances da geração atual presenciar o colapso total deste escudo de gelo", disse o pesquisador Ian Howat da Universidade do estado de Ohio.
Segundo a revista Geophysical Research Letters, através das fotos, os cientistas começaram a suspeitar que a formação deste iceberg estaria ligada a processos que se desenvolveram no sopé do iceberg.
Para confirmar a teoria, além de observarem as fotos tiradas há 2 a 3 anos da catástrofe, os climatologistas realizaram algumas expedições à região da Antártida ocidental, onde teria originado o problema.
Com ajuda de fotos tiradas por satélites durante o pôr de sol e o amanhecer, quando o Sol fica praticamente na linha do horizonte, formando um grande ângulo em relação à superfície da Antártida, os cientistas conseguiram detectar duas rachaduras gigantescas e profundas no Escudo de gelo ocidental.
A razão do surgimento desta rachadura, segundo cientistas, está relacionada ao aumento da temperatura do mar que a cerca. Este processo, na opinião de Howat, levou à criação da cavidade, que, consequentemente, afundou a geleira, gerando uma grande rachadura. Processos semelhantes acontecem na Groenlândia.
O que preocupa os cientistas mais do que tudo é o possível surgimento de tais cavidades em outras regiões da Antártida. Se o gelo ali enfraquecer, levando o surgimento de rachaduras, a velocidade de destruição da geleira da Antártida e o seu deslocamento para o oceano será acelerada.