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Especialista em segurança aérea: ANAC cumpre exigências de tratados internacionais

© Raul ARBOLEDA / AFPImagem do local da queda do avião coma equipe da Chapecoense
Imagem do local da queda do avião coma equipe da Chapecoense - Sputnik Brasil
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Assim como o trágico acidente com o voo da companhia boliviana LaMia, que vitimou a delegação da Chapecoense e jornalistas que estavam a bordo, também provocam discussões as exigências da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em relação ao fretamento da aeronave.

Segundo o comentarista de segurança aérea e ex-piloto de aviões civis e militares Milian Heymann, as exigências decorrem de tratados internacionais de aviação que exigem reciprocidade:

"São acordos bilaterais e de tratados de reciprocidade, ou seja, se você me permite voar para o seu território, então eu tenho que ter, em contrapartida, a mesma autorização. Esses tratados são feitos de acordo com os interesses dos países envolvidos. Não se segue uma regra cartesiana. Cada país pode propor, e ser aceita ou não, uma variação dessas regras. No caso, o Brasil exige que, se a empresa do fretante não for nacional aqui na saída do Brasil, e no caso era boliviana, só podia sair daqui para a Bolívia e de lá para a Colômbia. São acordos que têm que ser cumpridos."

Destroços do avião  da LaMia, que caiu com a equipe Chapecoense e jornalistas - Sputnik Brasil
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Desse modo, ao optar por um avião da LaMia, uma empresa que possui aeronaves com matrículas bolivianas, a delegação da Chapecoense teve de fazer uma longa viagem até o seu local de destino: saiu de Florianópolis, Santa Catarina, e foi até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. De lá, foi para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, de onde embarcou no voo LMI2933 rumo a Medellín, na Colômbia.

O avião Avro RJ85 acabou caindo numa região montanhosa, próxima à localidade de Cerro Gordo, e, segundo as primeiras informações, das 81 pessoas que estavam a bordo (72 passageiros e 9 tripulantes), pelo menos 75 faleceram.  

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