De acordo com o jornal, o primeiro transplante de teste será realizado em 2017. Com a ajuda de novas tecnologias celulares, os cientistas planejam posteriormente realizar estudos no tratamento da doença de Parkinson.
"Reprogramação de células é um fenômeno bastante novo na ciência. A descoberta é de autoria do professor da Universidade de Quioto, Signa Yamanaka, o qual descobriu a capacidade única de células humanas de determinados tecidos, como, por exemplo, fibroblastos ou epitélio da pele, de mudarem sua estrutura para o estado embrionário. As células-tronco podem dar origem a quase todo tecido. Por exemplo, a partir dos fibroblastos da pele pode-se criar a retina. Esta operação permitirá tratar, por exemplo, pacientes que estão perdendo a visão por causa de degeneração macular — doença esta causadora da cegueira em pessoas com mais de 55 anos", escreve o jornal, citando o diretor geral do CAC MFQ, Vadim Govorun.
Segundo o chefe do Laboratório de Tecnologias Biomédicas do CAC MFQ, Sergei Kiselev, testes clínicos de transplante de retina estão sendo executados atualmente nos EUA e na Europa. Eles também foram realizados no Japão, que foram temporariamente suspensos devido a mudanças na legislação, mas o país pretende seguir com o desenvolvimento da técnica em 2017. Quando se trata da Rússia, os cientistas "estão esperando a aplicação da lei ‘Sobre trabalhos na área da biomedicina celular' (1 de janeiro de 2017) e aprovação das atas normativas conforme a mesma", escreve o jornal.
O diretor geral do CAC MFQ informou ao jornal que a instituição cresceu significativamente, chegando a realizar testes em animais com neurônios humanos.
"O transplante [de neurônios humanos], juntamente com o procedimento da correção de genoma, ajudará no tratamento de pacientes com doença de Parkinson. No mundo, tais testes clínicos já estão sendo realizados. Na Rússia, eles serão possíveis se houver interesse das instituições especializadas — neurocirúrgicas e neurológicas — e somente após a aprovação da lei", observa Izvestia.