Na semana passada, a Ucrânia anunciou lançamentos de mísseis perto da Crimeia em 1 e 2 de dezembro, tendo notificado que determinadas zonas sobre a águas neutrais do mar Negro e, parcialmente, sobre o mar territorial russo (que se situa a sudoeste e sudeste da Crimeia) seriam perigosas para os voos.
Após disso, o Ministério da Defesa russo entregou ao adido militar na Embaixada da Ucrânia uma nota de protesto quanto às manobras planejadas.
Dizia-se no documento, que "as fronteiras sudoeste da zona perigosa anunciada pela parte ucraniana violam as fronteiras do mar territorial russo, o que é uma violação do direito internacional e da legislação russa".
A chancelaria russa chamou a conduta ucraniana de provocação para causar uma retaliação dura por parte de Moscou, enquanto a Rosaviatsiya (Agência Federal dos Transportes Aéreos) considerou estas ações como uma tentativa de "penetrar" no espaço aéreo russo. Além disso, segundo frisou o Ministério, os planos de lançamento violam os acordos internacionais e criam uma ameaça para as aeronaves civis.
Na véspera dos acontecimentos, o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas que o Kremlin não gostaria de permitir quaisquer ações ucranianas que pudessem criar condições perigosas para os voos internacionais sobre o território russo e nas regiões vizinhas.