"[Os exercícios] já se iniciaram e tudo está decorrendo segundo o planejado", disse Kryzhanovsky no canal 112 Ucrânia, acrescentando que "tudo está sendo feito conforme as normas do direito internacional".
Ao mesmo tempo, navios da Frota do Mar Negro saíram para o mar e ocuparam posições perto do litoral da Crimeia visando assegurar a defesa antiaérea da península durante os lançamentos de mísseis realizados pelo exército ucraniano em 1 e 2 de dezembro. Destacamentos russos de defesa antiaérea encontram-se em regime de segurança reforçada, disse à RIA Novosti uma fonte nas forças militares da Crimeia.
"Navios militares da Frota do Mar Negro integrados no sistema de defesa antiaérea do Distrito Militar do Sul, tomaram posições perto do litoral ocidental da Crimeia durante os lançamentos de mísseis ucranianos, marcados para 1 e 2 de dezembro. Os sistemas de defesa antiaérea dos navios foram colocados ao regime de segurança reforçada", disse a fonte.
"Os meios de defesa antiaérea dos navios são destinados primeiramente para alvejar mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio pesados. Em conjunto com destacamentos das forças terrestres de defesa antiaérea, os navios asseguram no território da península uma barreira praticamente invulnerável para mísseis do inimigo", sublinhou.
A Ucrânia tomou a decisão de realizar lançamentos de mísseis em 1 e 2 de dezembro no espaço aéreo soberano da Rússia na região da Crimeia, sobre o mar Negro. Tendo em conta estes lançamentos, o espaço aéreo no local dos exercícios foi declarado como perigoso para realizar voos. Mais tarde, a parte ucraniana anunciou como perigosas zonas sobre o mar Negro e a sudeste da península da Crimeia.
A Agência Federal dos Transportes Aéreos da Rússia (Rosaviatsiya) afirmou que a Ucrânia não combinou as suas ações com as autoridades russas, exigindo que a parte ucraniana suspenda os preparativos para os exercícios. O Ministério da Defesa da Ucrânia destacou que não pretende desistir dos seus planos porque considera que o espaço aéreo sobre a península está sob a sua soberania.
O Ministério da Defesa russo emitiu uma nota de protesto que afirma que o aviso ucraniano sobre zonas perigosas violam a fronteira das águas territoriais da Rússia, bem como o direito internacional e a legislação russa.