"A China e a Rússia já estão conduzindo testes de armas manobráveis de alta velocidade que representam uma ameaça para as forças norte-americanas de posição avançada e até para a parte continental dos EUA", frisa o documento.
É a primeira vez que os militares norte-americanos manifestaram em um documento oficial sua preocupação com a disposição de forças na corrida armamentista global.
O presidente do painel de autores do relatório, Mark Lewis, destaca que os novos armamentos de Moscou e Pequim são capazes de alterar o modo como os militares norte-americanos entendem a estratégia de "alerta global" e os conceitos de poderio militar e sua abrangência.
"A ofensiva e a defesa são dois lados da mesma medalha. Tal como nos anos da Guerra Fria, a única ferramenta segura de contenção de armamentos hipersônicos é o perigo de um contra-ataque simétrico", declara Lewis, citado pelo portal.
Segundo diz o diretor-geral da corporação russa Takticheskoe Raketnoe Vooruzhenie (Corporação de Mísseis Táticos), Boris Obnosov, a Rússia pode obter armamentos hipersônicos no início da próxima década.
Segundo destaca o novo conceito da política externa da Rússia, assinado nesta semana pelo presidente russo, Vladimir Putin, Moscou defende a cooperação construtiva com os EUA na esfera de controlo de armamentos, mas as negociações sobre uma redução ulterior das forças estratégicas de ataque são possíveis apenas no caso de serem levados em conta todos os fatores que influem na estabilidade. Neste sentido, o conceito considera a criação do sistema antimísseis norte-americano como uma ameaça para a Rússia.