“Esta é uma alteração grande e inevitável”, disse Xi Jinping, que também é presidente da Comissão Militar Central (CMC) do país, durante uma conferência de dois dias, que terminou em 3 de dezembro, sobre a reforma militar. "Temos de aproveitar a oportunidade e fazer avanços."
O plano do presidente envolve uma redução dramática do pessoal das Forças Armadas para cerca de 300 mil, um número minúsculo quando comparado com os 2,3 milhões atuais. A mensagem foi feita depois de a China ter realizado testes de voo de 10 mísseis balísticos no final de novembro, que a mídia já chamou de "exibição de força".
No entanto, a redução do pessoal deve ser compensada por uma maior eficácia de combate, destacou o líder chinês, o que significa proficiência em novos meios militares, baseados principalmente em informações e tecnologia.
"Houve mudanças em termos de dimensão, estrutura e formação do exército, que se tornou de menor tamanho, de maior capacidade, modularizado e multifuncional, com fatores científicos desempenhando um maior papel", disse Xi Jinping.
A China tem o segundo maior orçamento militar do mundo. No entanto, as mudanças recentes nos conflitos militares globais demonstraram que grandes gastos militares e forças armadas grandes não significam necessariamente uma elevada eficácia de combate.
Os conflitos armados recentes provam que os grandes exércitos já não têm grande utilidade, pois até mesmo os grandes conflitos, como o combate aos terroristas na Síria ou no Afeganistão, estão sendo conduzidos por unidades pequenas em estreita cooperação com outros ramos das forças armadas, como forças aéreas para ataques aéreos de precisão ou marinhas para o apoio naval com mísseis de cruzeiro.