Em sua carta de resposta, Mijatovic ressaltou especificamente os pressupostos políticos da resolução do Parlamento Europeu.
"A Representante observou que o documento tem uma natureza política óbvia que não implica quaisquer ações ou restrições juridicamente vinculativas contra os meios de comunicação russos. Ele também é referido pelo Parlamento Europeu como uma ‘resolução não legislativa’”, afirma a carta da OSCE, prometendo tomar medidas para que a liberdade de imprensa possa ser protegida dentro da organização.
"Dentro do âmbito do seu mandato (…) a Representante irá sempre observar e agir se a liberdade dos meios de comunicação estiver ameaçada na região da OSCE", disse a carta.
O documento considera que a Rússia está supostamente empenhada em promover a propaganda contra a União Europeia por meio de suas agências de notícias, como a RT e a Sputnik, e equaciona tal “ameaça” à ameaça representada pelo grupo terrorista Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
A resolução afirma que a Sputnik e a RT representam um perigo para a unidade europeia e pede um financiamento extra da Comissão Europeia para projetos de contrapropaganda.
Dos 691 legisladores que participaram da votação, 304 votaram a favor da resolução, 179 votaram contra, e 208 se abstiveram. Portanto, menos de metade dos legisladores apoiou o documento.