Hoje, os especialistas militares russos podem se gabar de ter conseguido criar uma base mais poderosa e segura de guerra eletrônica para as Forças Armadas da Rússia, cujos sistemas ultrapassam em termos das suas caraterísticas os análogos estrangeiros.
Entre os desenvolvimentos russos nesta área está o sistema móvel polivalente de guerra eletrônica Borisoglebsk-2. Ele se destina a equipar destacamentos especiais das Forças Armadas da Rússia. Ele pode ser usado para realizar inteligência via rádio, pode desorientar o inimigo impedindo-o de transmitir quaisquer sinais. Além disso, pode bloquear todos os meios modernos de transmissão de ondas de rádio inclusive meios de navegação, telefonia celular e via satélite.
O especialista russo Danil Gatilov, representante da Corporação Unida de Construção de Equipamentos (OPK, na sigla russa), falou à Sputnik Persa sobre as caraterísticas do novo sistema russo.
"O nosso sistema de inteligência eletrônica e bloqueio de sinais de rádio Borisoglebsk-2 é um produto prospectivo que faz parte da base técnica do sistema de guerra eletrônica das Forças Armadas da Rússia. O seu propósito é a busca de fontes e canais de comunicações via rádio e telefonia celular do inimigo potencial e criar interferências visando bloquear completamente esses canais", disse ele.
O próprio sistema Borisoglebsk-2 agora passando por modernização, destacou. Hoje, em termos de suas caraterísticas e capacidades para bloquear sinais de rádio e eletrônicos do inimigo, o sistema não tem análogos na Rússia ou no estrangeiro. Ele acrescentou que o sistema consiste de módulos e um cada um pode incorporar até 9 módulos.
"O próprio sistema pode detectar e ao mesmo tempo determinar a direção das fontes comunicações via rádio num raio de 20 km", afirmou Gatilov.
O representante da empresa russa disse que nem todos os sistemas militares russos podem ser exportados por razões de salvaguarda dos interesses de segurança nacional. Entretanto, muitos dos sistemas russos atraem a atenção de consumidores estrangeiros.
"Apesar de ser um produto específico, e de ser claro que o lucro da sua exportação não ultrapassará o das exportações de gás e petróleo, ele tem potencial exportador porque é um produto único", disse o especialista, acrescentando que a questão da guerra eletrônica é importante não somente na Rússia, mas em todo o mundo. Há países interessados no Oriente Médio, Ásia e América do Sul.
Como exemplo, entre os possíveis compradores Gatilov destacou o Irã.