"Possivelmente, as pessoas que organizaram o ataque, contaram com uma forte resposta das forças governamentais e dos seus aliados encarregados de fechar todas as rotas e corredores [dos distritos em Aleppo oriental] para os rebeldes" que consideram se render, notou o analista.
As forças governamentais alcançaram grandes êxitos em Aleppo nas últimas semanas, tendo liberado mais da metade dos bairros no leste da cidade. Na quarta-feira (7), o exército sírio e os seus aliados tomaram o controle de todo o centro histórico da cidade.
"Amplamente, os militantes visavam atingir a vida pacífica da cidade, que vem se recuperando da guerra. A assistência médica oferecida aos cidadãos é um dos indicadores da aproximação da paz", disse.
Ele acrescentou que o ataque levantou assuntos em relação aos objetivos dos países ocidentais e dos seus aliados no Oriente Médio, que estão sendo promovidos na Síria.
"Se 'o ditador Assad' e os seus aliados estivessem sistematicamente cuidando dos cidadãos sírios, inevitavelmente surgem as questões – o que faz aqui a coalizão de 80 países, liderada pelos EUA, e o que desencadeou a guerra de muitos anos entre os 'oposicionistas' armados e o governo legítimo, exército e povo da República Árabe da Síria?", observou.
O político curdo, Omar Hassun, indicou que o ataque contra o hospital russo em Aleppo divide os militantes em duas partes. Alguns estão prontos para largar armas e retornar à vida pacífica, enquanto outros mais radicais afirmam que lutarão até o fim.
Na segunda-feira (5), o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que militantes da chamada "oposição" síria atacaram o hospital móvel russo em Aleppo, que resultou na morte de duas médicas militares russas e deixou ferido outro médico. Além deles, o ataque atingiu residentes locais que aguardavam atendimento médico.
Ambas as médicas serviam no hospital de Birobidzhan, capital da Região Autônoma Judaica.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho declarou que tais ataques comprovam que as partes beligerantes não são capazes de proteger os médicos.