No entanto, a Mesa Diretora do Senado Federal decidiu que não iria cumprir a liminar expedida pelo STF e resolveu esperar que o recurso contra a decisão do Marco Aurélio fosse julgada pelo plenário da Corte. Nesse meio-tempo, Calheiros se recusou a assinar a notificação da liminar.
O afastamento do peemedebista pode ser revertido se os ministros acolherem um recurso apresentado pelo Senado. No total, nove ministros participarão da decisão. O ministro Roberto Barroso se declarou impossibilitado de julgar por já ter sido sócio de um advogado que entrou com a ação, e Gilmar Mendes anunciou que está viajando.
O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, pediu a anulação do processo ou o simples afastamento de Renan Calheiros da linha sucessória da Presidência. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, comparou o processo com o que levou ao afastamento do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e disse que não há cabimento para discutir a nulidade da ação, conforme propôs a defesa do Senado.
Janot afirmou ainda que é necessário afastar imediatamente Calheiros da presidência do Senado, mostrando preocupação com a recusa expressa de um dos poderes em cumprir uma ordem judicial.