Carlos Martínez, cientista político espanhol, revelou à Sputnik Mundo a sua visão sobre os assuntos em questão:
"O colapso da União Soviética foi uma catástrofe de escala mundial que levou ao surgimento do mundo unipolar. A ideia do socialismo foi manchada, algo que afetou a vida de vários países europeus…", acredita Martínez.
"Hoje, estão acontecendo guerras no mundo inteiro. Essa é uma demonstração de estabilidade do mundo unipolar, encabeçado pelos EUA. Washington usou a situação para conduzir guerras por todo o mundo perseguindo os seus interesses…", conclui.
Pere Ortega, diretor do Centro de Estudos pela Paz, pensa diferente. Para ele, os EUA não é dono da hegemonia mundial, pois "a Rússia já não é aquele país fraco que era nos anos 90".
Ortega explica que o cenário internacional pode passar por grandes mudanças após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos EUA:
"Venceu a pessoa, que, pelo visto, não pretende concentrar todos os esforços na manutenção da liderança global norte-americana."
Ortega opina que o papel dos EUA como superpotência "não criou estabilidade no mundo". Isso é um indício que o mundo "está a caminho da multipolaridade".
No entanto, Guller se refere à liderança dos EUA apenas entre 1991 e 2004:
"Esses 13 anos são um período bastante curto quando os EUA tentaram se tornar líder mundial", explica Guller.
Mas o que aconteceu afinal? Surgiram "projetos regionais ligados à China, Rússia, América Latina e Europa" que "deixaram a 'América' sem chances à hegemonia no mundo", conclui o especialista.