Criado centro operativo para tornar vida de Trump num inferno

© flickr.com / Gage SkidmoreCandidato do Partido Republicano, Donald Trump (foto de arquivo)
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O consultor político do Partido Democrata David Brock está abrindo um centro operativo, cuja missão é transformar a vida de Donald Trump num inferno enquanto ele se está preparando para se mudar para a Casa Branca.

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David Brock, um companheiro de partido próximo de Hillary Clinton, disse na terça-feira (6) que a empresa American Bridge, que recolheu fundos para apoio à candidata, vai assumir o papel de atacante e irá controlar a equipe de transição de Trump e sua administração. Brock afirmou que ele tem um grande arquivo com matérias sobre Trump e os seus agentes já estão estudando milhares de horas de vídeos buscando dados escabrosos. Brock já sabe que a administração que está sendo formada por Trump será a mais corrupta desde a "Era Dourada" (o último quartel do século XIX nos Estados Unidos da América).

Neste contexto, a Sputnik Internacional está entrevistando Robert Guttman, especialista em política dos EUA, fundador e diretor do Centro de Política e Relações Exteriores da Universidade George Mason, para revelar todos os pormenores.

Robert Guttman expressa sua opinião sobre a declaração de David Brock acerca de sua organização, American Bridge, que vai vigilar a atividade da Administração Trump:

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"A organização de David Brock pode não se tornar a única envolvida em tal atividade. No entanto, é possível que apareça um grupo se lhe irá opor. Esta manhã nós soubemos que a gestora de campanha de Trump, Kellyanne Conway, que provavelmente percebeu que trabalhando na administração presidencial não iria ter possibilidade de ganhar muito dinheiro, poderá chefiar um grupo destes, que irá relatar os sucessos alcançados pelo republicano de 70 anos da idade. Assim, por um lado temos uma organização não governamental que apoia Trump e fala sobre a sua atividade bem-sucedida e, por outro lado, a organização de David Brock que se opõe ao futuro presidente. No entanto, também poderão aparecer outras organizações de oposição a Trump. Hillary Clinton e os democratas têm uma enorme quantidade de dinheiro para financiar essa atividade, eles podem se juntar aos eleitores que ficaram decepcionados com a vitória de Trump e que estão dispostos a investir muito dinheiro para estudar o seu passado (e encontrar informações que o possam desacreditar)".

No entanto, o professor americano não acha que essa atividade mude a situação atual:

"Mas posso dizer que eles não terão nada de novo para nos contarem. Eles podem encontrar informações que possam afetar negativamente sua imagem. Mas cada vez que você relata essa informação ao público, parece que os apoiantes de Trump começam a o apoiar ainda mais. Por exemplo, recentemente foi divulgado que Trump assinou um acordo com a empresa Carrier Corp., segundo o qual a empresa não irá transferir parte da sua produção para o México e, assim, manterá cerca de mil postos de trabalho no meu estado natal do Indiana. Parece ser uma boa notícia, mas em seguida é-nos revelado que Trump litigou judicialmente com esta empresa há 9 anos."

Além disso, Guttman está seguro que as tentativas para comprometer Trump são inúteis:

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"Portanto, quanto mais você tenta comprometer Trump, menos os seus apoiantes prestam atenção a isso. Assim, toda a ideia (de apresentar Trump de forma desfavorável) é inútil. Normalmente, quando as pessoas encontram algo negativo sobre uma pessoa, isso afeta sua reputação. Nós chamávamos Reagan de 'presidente Teflon', porque os escândalos e as más notícias não o afetavam. Donald Trump ainda não assumiu o cargo, por isso nós podemos chamá-lo de 'presidente recém-eleito Teflon'."

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