"Falando sério, após a chegada de uma nova equipe [norte-americana] não será organizada nenhuma ‘festa de amizade, fraternidade e justiça'. Ninguém está alimentando ilusões", frisou a diplomata na sua página do Facebook.
"Porém, deve-se distinguir a campanha antirrussa encomendada da defesa dos seus próprios interesses nacionais. A primeira destrói não somente a Rússia, mas todo o mundo, já que este precisa de um equilíbrio. A segunda é um processo normal de trabalho que pode conter várias deficiências", ressaltou a representante oficial da chancelaria russa.
Entretanto, Zakharova também partilhou que se surpreende com as pessoas que, ao longo dos últimos seis meses, apoiavam Clinton, mas, de uma hora para outra, começaram a ameaçar todos através da deterioração das relações bilaterais com a chegada de Trump. A diplomata salientou que Hillary foi apoiada por aqueles que queriam "o pior" para a Rússia, tendo ela algumas vezes prometido isto durante seus discursos pré-eleitorais.
"Vou me encontrar com vários empresários influentes e líderes ideológicos", disse o alto funcionário à agência RIA Novosti. Ele também adiantou que permanecerá na capital russa até 13 de dezembro.
O Ministério das Relações Exteriores, por sua vez, comunicou que não planeja realizar qualquer tipo de encontro com Page.
"Não tenho nada a declarar sobre este tema. Mas para a manhã de hoje, não há nenhuma reunião marcada no Ministério", ressaltou o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov.
Anteriormente, Page afirmou que a administração do presidente norte-americano precisa de pessoas que acreditam no potencial das relações russo-americanas. Segundo o conselheiro, o diálogo entre os dois países não é possível sem a confiança no líder russo, Vladimir Putin.
Em julho deste ano, a mídia norte-americana atacou Page com críticas ferozes após sua visita à Rússia, onde ele discursou perante estudantes e jornalistas sobre a política dos EUA em relação à Rússia. Na época, a inteligência norte-americana comunicou que manteria Page na mira.