O cientista é extremamente famoso, até mesmo no estrangeiro, graças ao trabalho escrupuloso do grupo de especialistas sob a sua chefia que em fevereiro de 2013 foram os primeiros a estudar os fragmentos de meteorito de Chelyabinsk.
"Nós fomos os primeiros a coletar amostras, as primeiras estabeleceram que se tratou realmente de um meteorito. Foi nessa altura que a nossa expedição ganhou fama mundial", disse.
Viktor Grokhovsky liderou expedições a vários pontos do mundo, inclusive à península de Kola em abril de 2014, graças à qual na Antártida foram encontrados restos únicos dos corpos celestes LOM 15001 e LOM 15002.
"No inverno passado foi organizada uma expedição à Antártida. Lá existem lugares de concentração especial de meteoritos. Lá estão se formando as assim chamadas áreas 'de gelo azul' — restos de bólides que caíram na zona durante séculos", contou o cientista.
Segundo informou Grokhovsky, o grupo especializado no estudo de meteoritos, formado na Universidade Federal dos Urais, integra estudantes e é considerado único na Rússia. O grupo existe já por 30 anos e faz expedições quase todos os anos.
O especialista partilhou também que a ideia de viajar para o Irã para procurar meteoritos surgiu na reunião anual da Comunidade Internacional de Meteoritos, que teve lugar em Berlim (Alemanha). Na reunião as delegações russa e iraniana se conheceram e começaram o diálogo durante o qual nasceu a ideia de visitar o país persa.
"Nós estamos em contato, temos nos correspondido mas ainda não foram assinados quaisquer acordos. Os nossos parceiros possíveis nesta expedição podem ser a Universidades de Teerã e de Kerman", disse.
O professor russo destacou também que é a Universidade que financia a futura expedição. Conforme forem os resultados, poderiam ser realizados trabalhos e pesquisas de maior escala.