Entretanto, a Coreia do Norte ainda não resolveu um problema crucial de isolamento térmico, o que significa que sua ogiva queimaria ao reentrar a atmosfera.
Ainda assim, "[é] a ameaça que me mantém acordado de noite", cita o portal DefenseTech o oficial que falou em condição de anonimato.
Quase não há dados disponíveis sobre as capacidades do KN-14, escreveu em outubro o analista de defesa russo Vladimir Khrustalev em Lenta.ru. No entanto, a maioria dos especialistas concorda que as alegações da Coreia do Norte têm uma base bastante sólida.
"As estimativas mais conservadoras colocam seu alcance máximo teórico com uma carga útil nuclear em 5.500-6.500 quilômetros, mas outros dizem que o míssil poderia atingir até 12.000", escreveu Khrustalev.
O programa nuclear norte-coreano pode se tornar um problema para o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acordo com o general Curtis M. Scaparrotti, ex-comandante das forças norte-americanas na Coreia do Sul e agora o supremo comandante aliado da OTAN. Ele especulou que Trump teria de considerar seriamente um ataque preventivo contra a Coreia do Norte antes de os coreanos lançarem seus mísseis.
Sharp acredita que os EUA devem destruir qualquer míssil norte-coreano em uma plataforma de lançamento, visto que os EUA não têm forma de saber com certeza se o míssil transporta um satélite ou uma ogiva nuclear. Uma posição tão agressiva é interessante, considerando que um único ICBM não deve ser um problema real para a defesa norte-americana, incluindo o sistema de defesa antiaérea THAAD na Coreia do Sul e o sistema antimíssil Aegis que pode ser instalado nos navios de guerra dos EUA.