"Da nossa parte, nós temos a certeza de que as armas nucleares na Alemanha são uma relíquia da Guerra Fria, não serviram para a obtenção de quaisquer fins práticos durante muito tempo e têm que ser abatidas como sendo 'lixo histórico'", destacou Nechayev.
Ao mesmo tempo, Nechayev deixou claro que as alegações da Polônia de que a Rússia está militarizando seu exclave de Kaliningrado no mar Báltico estão erradas. Na sexta-feira (09), o embaixador polonês na Rússia Wlodzimierz Marciniak comunicou que os sistemas de mísseis Iskander-M em Kaliningrado são uma ameaça à Polônia. A sua instalação foi confirmada pelo Ministério da Defesa russo em outubro.
Comentado o assunto, Nechayev declarou à agência RIA Novosti o seguinte:
"Quanto à militarização da região, isso é, com certeza, uma ficção, e nós somos obrigados a reagir à infraestrutura militar da OTAN que se está aproximando das nossas fronteiras, apesar das nossas tentativas de esclarecer por que é que isso está sendo feito. Não recebemos nenhuma informação específica sobre isso… Somos obrigados a tomar medidas adequadas, mas estamos fazendo isso no nosso próprio território, enquanto os nossos colegas da OTAN estão se aproximando das fronteiras de alguém, das nossas fronteiras."
Anteriormente, o embaixador polonês Marciniak tinha informado que a Polônia e a Rússia deveriam renovar a prática de monitoramento mútuo durante a realização de exercícios militares.
Finalmente, Nechayev abordou a questão do gasoduto Corrente do Norte 2, destacando que a posição polonesa perante esse projeto tem natureza politizada e prejudica os interesses das empresas nacionais. O diplomata criticou a intenção da Polônia de procurar "anular a dependência energética da Rússia".