Além disso, Janot também denunciou o diretor da Serveng Civilsan, Paulo Twiaschor, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele teria feito, em 2010, duas doações oficiais ao diretório nacional do PMDB, uma de R$ 500 mil e outra de R$300 mil, em troca de apoio político de Renan e Gomes.
Posteriormente, segundo o Ministério Público, o dinheiro foi repassado para o comitê financeiro do PMDB em Alagoas e, de lá, teria ido para Renan, em operações financeiras fracionadas, o que configura "estratégia de lavagem de dinheiro", segundo a denúncia.
Janot pediu ao STF que os dois peemedebistas acusados sejam afastados de seus cargos eletivos e, além disso, paguem uma multa de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos. Deste valor, metade se refere a reparação por danos materiais e a outra metade, ao valor que teria sido desviado da Petrobras.
Se o STF aceitar a denúncia e abrir uma ação penal, os dois peemedebistas virarão réus, com a condição de serem notificados a fim de poderem apresentar defesa prévia.
Neste caso, Renan, ainda como presidente do Senado, seria julgado pelos 11 ministros que compõem o plenário do STF. No entanto, é provável que a denúncia contra o parlamentar seja analisada pela Segunda Turma do Supremo, composta por cinco magistrados, já que seu mandato como presidente da Casa termina em fevereiro do ano que vem.
O procurador-geral disse ainda que, em contrapartida, Paulo Roberto Costa interferiu para que a Serveng Civilsan mantivesse contratos com a Petrobras, e acrescentou que tem provas dos crimes.
Renan Calheiros já é réu, desde o início do mês, por desvio de dinheiro público, mas em uma investigação sem relação com o esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.