Os especialistas comentaram enquanto eram recebidos relatos sobre a reconquista de Palmira pelos terroristas do Daesh, horas após terem sido repelidos pela Força Aeroespacial russa.
O Centro para a Reconciliação na Síria russo afirmou que mais de 4.000 militantes do Daesh se reagruparam e tentaram recuperar Palmira que tinha sido libertada de jihadistas antes neste ano.
Boris Dolgov, do Instituto dos Estudos Orientalistas baseado em Moscou, descreveu o ataque do Daesh contra Palmira como "uma manobra de diversão para distrair as tropas governamentais de Aleppo, onde elas estão realizando operações militares bem-sucedidas".
Outro facto é que Palmira está localizada perto de um cruzamento de vias que levam a diferentes regiões da Síria e que os campos petrolíferos também se situam perto dessa cidade antiga, segundo disse Dolgov.
"Além disso, o ataque do Daesh contra Palmira tem um efeito de propaganda significativo. O ataque foi realizado para estimular o moral dos terroristas do Daesh e seus grupos afiliados e para mostrar que eles ainda são capazes de avançar", indicou.
Sergei Demidenko, da Academia Presidencial de Economia Nacional e Administração Pública, repetiu as mesmas ideias, indicando que o ataque do Deash contra Palmira teve um efeito de Propaganda.
"Quanto a Palmira, ela é uma cidade que tem sobretudo um valor arqueológico em vez de estratégico ou econômico", disse Demidenko se referindo ao ruído propagandístico em relação à recaptura de Palmira.
Ele notou que o Exército da Síria se está reagrupando rapidamente com os seus aliados, sugerindo que é possível uma retoma do controle de Palmira no futuro próximo.
Exército Árabe da Síria, apoiado pela Força Aeroespacial russa, libertou Palmira em março de 2016, após quase um ano desde sua captura pelo Daesh [organização proibida em muitos países, incluindo a Rússia] em março de 2015.
Durante a invasão, os militantes destruíram grande número de objetos antigos, incluindo uma necrópole, o Arco do Triunfo, bem como o Templo de Baal-Shamin e o Templo de Bel.