Anteriormente, em entrevista ao canal de TV americano Fox News, Trump declarou que não permitirá a Pequim mostrar como ele deve se relacionar com Taiwan e não entende por que os EUA devem apoiar a política "de uma China única".
Durante um briefing, Geng Shuang sublinhou que esta política é a base para o desenvolvimento das relações sino-americanas.
"Gostaria de sublinhar que a questão de Taiwan se refere à questão da soberania de Estado, da integridade territorial e dos interesses fundamentais [da China]", disse.
De acordo com a opinião do especialista em política norte-americana, Dmitry Mikheev, a troca de fortes declarações entre Pequim e Washington é um sinal de uma possível futura guerra econômica entre os dois países.
"A guerra econômica entre a China e os EUA realmente está amadurecendo. Quando Trump deu início a sua campanha eleitoral, ele chegou a declarar que a China é a causadora da desindustrialização que está acontecendo nos EUA – indústria de alta tecnologia sai para a China e empobrecimento da classe média norte-americana", notou.
Segundo Mikheev, o presidente eleito Donald Trump pretende atingir sérias concessões econômicas da China:
"Trump não quer iniciar uma guerra de tarifas, pois isso levaria à formação de uma crise colossal para a economia mundial, mas quer forçar a China a aumentar voluntariamente a taxa cambial de yuan e tomar outras medidas. O lado dos EUA realiza reconhecimento especial: atacar e ver, qual será a resposta. Mas o alvo de Trump, no fim das contas, não é a guerra, e sim a procura por um instrumento de pressão a Pequim".
O especialista, ao mesmo tempo, destaca que atualmente a economia da China é tão forte que poderia destruir o sistema financeiro dos EUA, obrigando Trump a manter relações bilaterais com a nação chinesa.