"Porque o Senado rejeitou três nomes que compõe hoje a Força Tarefa para o Conselho Nacional do Ministério Público. O Ministério Público infelizmente, passou a fazer política, só política. Quando você faz política, você perde a condição definitivamente de ser o fiscal da lei."
O presidente do Senado ainda criticou os vazamentos das delações premiadas dos ex-executivos da Odebrecht. Calheiros voltou a afirmar que as declarações divulgadas não tem comprovações e que, no caso dele, segue tranquilo. Para Renan Calheiros as acusações contra ele serão mais uma vez arquivadas.
"A primeira denúncia já havia sido arquivada por falta de provas e essa denúncia de ontem (12) derivava da primeira. Não há sequer acusador. A empresa negou que tivesse feito doação, o deputado negou que tivesse falado em meu nome absolutamente. Essa denúncia terá o mesmo destino das outras denúncias, ela será arquivada, porque eu nunca cometi crime, nunca cometi irregularidades e sempre tive muito cuidado com a minha vida pública e com a minha vida pessoal."
Para a última semana de trabalhos no Senado antes do recesso do fim de ano, Renan Calheiros prometeu ainda uma agenda cheia de votações, que começou nesta terça-feira (13) com a aprovação, em segundo turno, do texto-base da PEC que estabelece um teto para gastos públicos nos próximos 20 anos. Em sessão tumultuada, o texto foi aprovado por 53 votos a favor e 16 contra. Eram necessários 49 votos, cerca de 3/5 dos senadores para que a PEC fosse aprovada.
O Senado quer votar ainda o projeto sobre abuso de autoridade e do extrateto, para acabar com os super salários na administração pública.