Últimos militantes vão deixar Aleppo por desespero, diz senador russo

© REUTERS / Omar SanadikiUm membro das forças leais ao presidente da Síria, Bashar Assad, tenta erguer a bandeira nacional da Síria na mesquita de Umayyad, 13 de dezembro de 2016
Um membro das forças leais ao presidente da Síria, Bashar Assad, tenta erguer a bandeira nacional da Síria na mesquita de Umayyad, 13 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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O desespero dos militantes vai forçá-los a deixar Aleppo sem armas pesadas e equipamentos, mas até mesmo um acordo sobre a saída da cidade não os impede da combatividade, disse à RIA Novosti o presidente do comitê do Conselho da Federação de defesa e segurança, Viktor Ozerov.

Na terça-feira (13), o Centro para a Reconciliação na Síria russo informou que as autoridades sírias tomaram o controle pleno de mais de 98% do território de Aleppo, sendo assim, a área total dos bairros da parte oriental da cidade, dominada por militantes, não excede três quilômetros quadrados.

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De acordo com uma fonte da RIA Novosti, até a manhã da quarta-feira (14), a transferência do último grupo de militantes de Aleppo oriental ainda não tinha sido iniciada. Na cidade, durante toda a madrugada e manhã, foi cumprido o regime de cessar-fogo. Em nenhum dos bairros de Aleppo foram ouvidos explosões e tiroteio, relata o correspondente da RIA Novosti.

"O desespero dos militantes do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia], que estão em Aleppo, até que enfim fará com que atendam, provavelmente, o centésimo pedido da Rússia para que saiam da cidade. Eles vão sair sem armas pesadas e equipamentos", disse à RIA Novosti o senador russo.

Ozerov sublinhou que, do ponto de vista humanitário, a proposta que garante a saída dos militantes é "absolutamente correta", sendo cumprida pela Rússia e Turquia. O chefe do Comitê relembrou que a Rússia vem propondo repetidamente para os militantes do Daesh a saída de Aleppo por um corredor e para os civis — por outro.

Ao mesmo tempo, ele tem certeza que os militantes que deixaram Aleppo continuarão causando a tensão e perigo na região. "Não podemos encarar como problema resolvido, pois o exército sírio ainda terá que combater as sobras do Daesh", acredita Ozerov.

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