Falando com executivos das principais empresas dos EUA, o embaixador Cui Tiankai, disse que Pequim e Washington precisam trabalhar para fortalecer seu relacionamento, informou a agência de notícias Reuters.
"A base política das relações entre a China e os EUA não deve ser prejudicada, deve ser preservada. E as normas básicas das relações internacionais devem ser observadas, não ignoradas, certamente não devem ser vistas como algo que você pode negociar e, de fato, a soberania nacional e integridade territorial não são pedaços de barganha", declarou.
Entenda a desavença diplomática
A equipe do presidente eleito informou no início do mês que o republicano conversou com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Durante a conversa, "eles mencionaram os estreitos laços econômicos, políticos e de segurança" entre Taiwan e os Estados Unidos.
A ligação de 10 minutos foi a primeira conversa formal entre um líder dos Estados Unidos e de Taiwan, desde 1979, quando o então presidente Jimmy Carter mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China, reconhecendo Taiwan como parte de "uma China única". Logo depois, o Ministério das Relações Exteriores da China disse ter apresentado "representações diplomáticas severas" com o que chamou de "lado relevante dos EUA", instando a cuidadosa manipulação da questão de Taiwan para evitar quaisquer distúrbios desnecessários nos laços.
Histórico
Chiang Kai-shek e o Kuomitang governaram a China até a Guerra Civil com o Partido Comunista, em 1946. Ao perder o confronto, líderes do Kuomitang fugiram para a Ilha de Formosa e lá estabeleceram um governo provisório que reclamava sua soberania sobre toda a China.
Inicialmente reconhecido como "a única China", Taiwan perdeu o reconhecimento dos EUA. A estratégia americana era se aproximar dos comunistas para reduzir a influência soviética no país. Hoje, apenas 23 nações reconhecem Taiwan (a China não mantém relações diplomáticas com nenhum deles).