Exclusivo: Alto funcionário de Damasco compara Aleppo com Stalingrado

© AP Photo / Hassan AmmarSoldado do exército sírio hasteia a bandeira nacional do seu país durante uma batalha com jihadistas em Aleppo, Síria
Soldado do exército sírio hasteia a bandeira nacional do seu país durante uma batalha com jihadistas em Aleppo, Síria - Sputnik Brasil
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O coordenador da secretaria de ideias nacionais do governo sírio e ex-conselheiro do ministro da informação, Abdel Gadi Nasri, conversou com Sputnik em Aleppo e comentou a grande importância que a libertação da cidade representa para o país e para o mundo.

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“Assim como a vitória na batalha de Stalingrado foi o primeiro passo para a vitória da Rússia, a libertação de Aleppo vai transformar o mundo. O plano de islamização da região falhou. Os terroristas não conseguiram tomar toda a região. A Irmandade Muçulmana, controlada pelos serviços secretos norte-americanos e por alguns países do Ocidente, não conseguiu expandir a sua ideologia nos países árabes. O novo mundo será multipolar e as potências mundiais terão de cooperar entre si”.

“Em Aleppo nós enfrentamos terroristas que dominam tecnologias modernas, inclusive na área de guerra de informação. Por enquanto, estamos perdendo. A impressão é que saímos para o campo de batalha carregando somente os tambores e as baquetas”, disse Abdel Nasri. 

“Se os jornalistas ocidentais e seus colegas do golfo Pérsico viessem pessoalmente para Aleppo e visitassem os bairros que eram controlados por terroristas, eles ficariam muito surpresos pelo fato da população civil ter sobrevivido”.

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O interlocutor da agência confirmou que “quando o exército sírio entrou em Aleppo oriental, as pessoas comemoravam e parecia uma festa de casamento. Os boatos sobre a gravidade da situação de civis é uma mentira deliberada, difundida pela imprensa americana, do Catar e a de seus aliados”. 

Segundo Abdel Nasri, o governo sírio por enquanto não vai divulgar informações sobre oficiais turcos, sauditas e de outros países que estavam combatendo em Aleppo.

Quando começaram as negociações sobre o que fazer com os militantes terroristas de origem turca, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, queria que estes fossem extraditados para o país natal. Pouco depois, os esconderijos desses militantes, com todos os pertences deles, pegaram fogo. O Exército sírio considerou o episódio de sabotagem e está investigando para encontrar os responsáveis, explicou o alto funcionário do governo.

Quanto à retirada dos terroristas de Aleppo, Abdel Nasri informou que os militantes exigiram de 1 a 2 aeronaves russas para se retirar com as armas, sem informar o destino. O governo sírio não aceitou a exigência.

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