Escolha de Trump para embaixador em Israel pode virar uma bomba

© AFP 2023 / ABBAS MOMANI  / Acessar o banco de imagensDemolição de construções irregulares em Beit El, na Cisjordânia
Demolição de construções irregulares em Beit El, na Cisjordânia - Sputnik Brasil
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Donald Trump, presidente eleito norte-americano, nomeou David Friedman como o próximo embaixador em Israel, uma decisão que poderá criar um conflito em Israel e nos territórios ocupados, explica The New York Times.

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Friedman é uma pessoa sem experiência diplomática, ao contrário de seus antecessores no cargo, um dos postos mais sensíveis da administração dos EUA, explica o jornal norte-americano.

Além disso, Friedman tem "visões extremistas" que, de acordo com o jornal, são radicalmente opostas ao "establishment" norte-americano e à maioria dos cidadãos.

"Friedman tem dúvidas sobre a necessidade da criação de dois Estados em que israelenses e palestinos possam viver juntos em paz. (…) Friedman tem apoiado a continuação do assentamento [israelense] na Cisjordânia capturada pelo Israel da Jordânia na guerra de 1967. Friedman chegou ao ponto de apoiar a anexação das terras onde os palestinos esperam construir seu próprio estado", diz o jornal. 

Friedman acusou Barack Obama de antissemitismo, o que é absurdo do ponto de vista da edição, tal como a organização J Street, uma associação judaica americana que tem apelado à solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.

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Além disso, Friedman anunciou seu desejo de mover a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, um lugar que tanto Israel como a Palestina consideram sua capital.

"A deslocação unilateral da embaixada para Jerusalém seria interpretada como uma inclinação da balança para o lado de Israel, deteriorando ainda mais o papel dos Estados Unidos como um mediador honesto", explica o jornal.

Embora baste apenas alterar a tabuleta no consulado norte-americano em Jerusalém, os resultados são imprevisíveis. No entanto, "a história triste de conflitos sugere que tal decisão pode provocar violência e dificultar os esforços de Israel para melhorar as relações com os países árabes sunitas", conclui The New York Times.

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