Além disso, Friedman tem "visões extremistas" que, de acordo com o jornal, são radicalmente opostas ao "establishment" norte-americano e à maioria dos cidadãos.
"Friedman tem dúvidas sobre a necessidade da criação de dois Estados em que israelenses e palestinos possam viver juntos em paz. (…) Friedman tem apoiado a continuação do assentamento [israelense] na Cisjordânia capturada pelo Israel da Jordânia na guerra de 1967. Friedman chegou ao ponto de apoiar a anexação das terras onde os palestinos esperam construir seu próprio estado", diz o jornal.
Friedman acusou Barack Obama de antissemitismo, o que é absurdo do ponto de vista da edição, tal como a organização J Street, uma associação judaica americana que tem apelado à solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.
"A deslocação unilateral da embaixada para Jerusalém seria interpretada como uma inclinação da balança para o lado de Israel, deteriorando ainda mais o papel dos Estados Unidos como um mediador honesto", explica o jornal.
Embora baste apenas alterar a tabuleta no consulado norte-americano em Jerusalém, os resultados são imprevisíveis. No entanto, "a história triste de conflitos sugere que tal decisão pode provocar violência e dificultar os esforços de Israel para melhorar as relações com os países árabes sunitas", conclui The New York Times.