Andrew Smith, porta-voz da Campanha contra Comércio de Armas, organização não governamental com sede no Reino Unido,disse em entrevista à Sputnik que está demasiado otimista quanto à interrupção de venda de armas à Arábia Saudita pelos EUA.
Em outubro, mais de 140 pessoas foram mortas durante ataque a um funeral no país. A coalização liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo do Iêmen na luta contra a oposição de houthis, foi supostamente responsável pelo ataque devastador.
Depois do incidente, a Casa Branca avisou a Arábia Saudita de que a cooperação de segurança dos EUA não é "cheque em branco". Armamentos de precisão não irão mais ser fornecidos para a Arábia Saudita, informou a BBC, citando um oficial desconhecido do Pentágono.
Com relação ao assunto, Andrew Smith disse que a decisão dos UEA de reduzir a venda de armas à Arábia Saudita é "poeticamente importante", mas ela não irá mudar a política de venda de armas de Washington para a Arábia Saudita.
Smith destacou que a posição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e a sua posse poderiam "mudar completamente a situação para melhor".
"De qualquer forma, a decisão de Washington de reduzir a venda de armas à Arábia Saudita não será responsável por mudanças significativas na política exterior do país", repetiu.
No mês passado, o coordenador humanitário da ONU, Stephen O'Brien, declarou, durante conferência do Conselho de Segurança, que o Iêmen estava "a um passo da miséria".