"Não duvido que os russos nos hackearam. Mas eu espero que nós também lancemos alguns ataques lá", declarou Kissinger em entrevista ao canal de televisão CBS News.
O ex-secretário de Estado apontou que "é provável que a inteligência de cada país realize ataques cibernéticos no território de outros países".
Kissinger comparou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o personagem do romance de Fyodor Dostoievski "Crime e Castigo":
"Ele calcula friamente os interesses nacionais da Rússia tal como ele os entende e que, segundo ele pensa, provavelmente de forma coreta, têm algumas peculiaridades especiais", explicou Kissinger, acrescentando que "a questão de identidade da Rússia" é muito importante para Putin.
A inteligência americana acusou Moscou de tentar influir nos resultados das eleições presidenciais nos EUA. Ao mesmo tempo, nenhuma evidência foi apresentada e Washington afirmou que a atividade de hackers mais alta não foi registrada no dia de votação.
O presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou que nos dados publicados não havia nada que correspondesse aos interesses de Moscou e que a histeria visou desviar a atenção do conteúdo dos documentos. O porta-voz do líder russo, Dmitry Peskov, afirmou várias vezes que as acusações de Washington "não tinham qualquer fundamento".