O evento se realizou com a participação dos representantes permanentes na sede da Aliança, em Bruxelas.
"A primeira questão que abordamos foi a crise, tanto dentro como ao redor da Ucrânia. Neste sentido, as posições dos [nossos] aliados e da Rússia são completamente diferentes", diz o comunicado de Stoltenberg divulgado após o encerramento da sessão.
Segundo ele, os aliados reiteraram "o apoio firme à soberania e integridade territorial ucraniana" e fizeram lembrar que não reconhecem a adesão da Crimeia à Rússia.
Com isso, ele frisou que "os aliados apelaram à Rússia para que use sua influência considerável sobre os militantes, obrigando-os a cumprir plenamente suas obrigações".
"Os aliados e a Rússia apoiam lados diferentes. Nosso encontro não significa que regressemos ao mesmo nível de relações. Mas sem discussão não somos capazes de ultrapassar nossas divergências e melhorar o entendimento", disse Stoltenberg.
"A OTAN não procura confrontação e não representa uma ameaça. Tudo o que estamos fazendo, inclusive ao reforçarmos nossa presença no Leste da Aliança, tem um caráter defensivo, é adequado e corresponde aos nossos compromissos internacionais", destacou o secretário-geral. "O objetivo da OTAN continua sendo a proteção dos aliados, a prevenção dos conflitos e preservação de paz", resumiu.
Os representantes oficiais da Aliança Atlântica também afirmaram estar extremamente alarmados com o "recurso excessivo" da Rússia a exercícios militares não anunciados.
Segundo o político, vários participantes da discussão "exigiram que os membros do Conselho contribuíssem para a aprovação das emendas quanto a exercícios e atividades militares no documento da OSCE assinado em Veneza".
Ele também comunicou que a Rússia contou sobre as suas manobras estratégicas Cáucaso 2016, enquanto a Aliança apresentou seus exercícios de larga escala Trident Juncture 2016.
A OTAN ressaltou por várias vezes que está interessada em introduzir emendas ao documento de Veneza da OSCE para ter oportunidade de observar os testes espontâneos da capacidade de combate realizados na Rússia. A parte russa, por sua vez, considera-o como mais uma ameaça à segurança europeia, levando em conta o nível atual da confrontação.