Tendo servido como embaixador na Alemanha, na China, no Equador e na Áustria, Abdenur reconheceu os riscos inerentes ao ofício em regiões conflagradas, mas disse ser “até mais importante” que os diplomatas atuem em áreas de risco e instabilidade.
“Lamento muito esta notícia. Sempre é triste ver um colega, ainda que de outro país, sendo assassinado desta maneira brutal”, disse Abdenur, acrescentando que Karlov estava “cumprindo seu dever”.
Abdenur ressaltou que este tipo de incidente pode ocorrer inclusive em lugares considerados mais tranquilos, lembrando o episódio em que o Papa João Paulo II levou um tiro de um cidadão turco em Roma, onde fica o próprio Vaticano.
“A missão do diplomata não é sagrada, mas é uma missão de muito comprometimento com os interesses de seu país e de fazer-se presente em qualquer situação do mundo”, sublinhou o embaixador.