'Rússia não é mais o Império do Mal, mas continua sendo único país capaz de eliminar EUA'

© REUTERS / Maxim ZmeyevShell, a réplica da maior bomba nuclear soviética detonada, a AN-602 (Tsar-Bomb), em exposição em Moscovo, Rússia, 31 de agosto de 2015
Shell, a réplica da maior bomba nuclear soviética detonada, a AN-602 (Tsar-Bomb), em exposição em Moscovo, Rússia, 31 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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A Rússia não é um Império do Mal, mas qualquer passo dado por ela no palco internacional pode afetar os interesses nacionais norte-americanos. Sendo assim, Washington não tem outra opção a não ser cooperar com Moscou, diz o The National Interest.

Atualmente, as relações com a Rússia podem ser entendidas tanto como um desafio, como uma boa oportunidade, acreditam os autores do artigo.

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"A Rússia deixou de ser o Império do Mal, contra quem os EUA se opuseram ao longo das décadas da guerra fria. No entanto, Moscou continua no jogo e cada passo dado por ela exerce influência importante sobre os interesses vitais dos Estados Unidos em questões globais", realça o National Interest.

Primeiramente, Washington não deve se esquecer de que a Rússia ainda possui o status de único país do mundo capaz de varrer os EUA da Terra em meia-hora, frisam os autores.

Em segundo lugar, Moscou é uma força-chave no combate ao terrorismo nuclear e alastramento das armas de extermínio em massa.

Para finalizar, os autores relembram a prontidão dos russos em partilhar dados de inteligência, responsáveis pela prevenção considerável de atentados em todo o mundo.
Além disso, a Rússia é o maior país do mundo em território: faz fronteira com a China, Polônia, e os Estados Unidos, ressalta-se na matéria.

"Deste modo, as declarações de que a Rússia é apenas uma potência 'regional' não levam em consideração o fato de este Estado interagir com todas as regiões importantes", opinam os autores, Graham Allison e Dimitri K. Simes.

O autor sublinha os avanços técnicos russos, na esfera de cibertecnologias, em particular, e no domínio militar — a Rússia se destacou na construção das armas impressionantes. Até mesmo no espaço, são os foguetes russos que dão uma "carona" aos astronautas norte-americanos para que eles possam chegar à Estação Espacial Internacional, diz-se no artigo.

A Rússia é um país-guerreiro: a nação russa já demonstrou seu preparo para proteger seus interesses por via militar, diz a edição. Ao mesmo tempo, Moscou pode atrapalhar os planos dos norte-americanos como ninguém.

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