Cientistas lançam projeto de financiamento coletivo para fotografar 'sósia da Terra'

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O projeto Blue Planet tem por objetivo recolher um milhão de dólares para construir um telescópio superpotente que possa ver os planetas extrassolares situados mais próximo da Terra e obter suas primeiras fotografias.

Essa iniciativa foi lançada pelo ex-chefe da NASA, John Morze, no início do Verão de 2016. O principal objetivo do Blue Planet é buscar e fotografar planetas análogos à Terra que eventualmente orbitem em redor de Alpha Centauri, a estrela mais próxima parecida com o Sol.

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Na essência, o Blue Planet é um projeto para criar o primeiro telescópio orbital privado, equipado com um conjunto de câmeras altamente sensíveis capazes de obter imagens das cercanias das estrelas que ficam mais perto do nosso planeta.

Há um mês, Morze e seus apoiantes iniciaram um projeto para o financiamento "popular" do Blue Planet na conhecida plataforma online Kickstarter com o fim de juntar cerca de um milhão de dólares, indispensáveis para iniciar as primeiras etapas da construção da sonda. Até agora foram recolhidos 206 mil dólares, mas faltam ainda por volta de 800 mil e dois dias até o encerramento da recolha.

Se não der certo no que diz respeito ao financiamento coletivo, todo o dinheiro será devolvido às pessoas que o doaram, enquanto Morze e sua equipe terá que buscar outras fontes de financiamento para o projeto cujo custo total é estimado em cerca de 10-15 milhões de dólares.

Segundo diz Morze, tal iniciativa pode atrair a atenção não só dos chamados backers (financiadores) no Kickstarter, mas de muitos outros atores que se interessam pela vida extraterrestre. O lançamento do veiculo está agendado para o período entre 2019 e 2022.

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Para garantir o baixo custo do projeto, todos os elementos-chave do futuro observatório espacial, inclusive o telescópio de 55 centímetros, serão primeiramente testados a bordo de balões de ar quente que Morze e seus apoiantes planejam lançar até às camadas superiores da atmosfera já no próximo ano. Os investigadores acreditam que na sequência destes lançamentos será possível "eliminar o desnecessário" e reduzir significativamente as despesas com a criação do telescópio e seu lançamento para a órbita terrestre.

Um dos elementos-chave deste telescópio é um "escudo" especial, que na linguagem cientifica se chama coronógrafo e que esconde do nosso olhar o disco do corpo celeste contra o qual é dirigido o telescópio. Isto nos permite, na teoria, ver os planetas que circulam em volta dele e até os fotografar.

Dois anos atrás, a NASA anunciou a possibilidade de criar a "sonda-girassol" especial StarShade que desempenharia o papel de coronógrafo para o telescópio orbital TESS, cujo lançamento está marcado para 2017.

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